quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Porta aviões São Paulo ( A -12 ) 

Marinha do Brasil


Origem do nome

Este é o quinto navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome em homenagem ao Estado e a cidade de São Paulo. Também receberam este nome o Vapor de Transporte São Paulo (1865), o encouraçado E São Paulo (1906) que não foi concluído, o também encouraçado E São Paulo (1907) e o RbAM São Paulo rebocador que atuou na defesa do porto de Santos na Segunda Guerra Mundial.
O lema e o brasão, Non ducor, duco (não sou conduzido, conduzo), são os mesmos da cidade de São Paulo e também foram usados pelo encouraçado E São Paulo (1907).

História

Construído na França entre 1957 e 1960, serviu à Marinha da França como porta-aviões da Classe Clemenceau sob o nome FS Foch, uma homenagem a Ferdinand Foch, comandante das tropas aliadas durante a Primeira Guerra Mundial.
Adquirido pelo equivalente a 12 milhões de dólares norte-americanos em setembro de 2000, foi recebido operacional pela Marinha do Brasil a 15 de Novembro desse mesmo ano, no porto de Brest, na França, quando teve passada a sua Mostra de Armamento.
Com 50% mais velocidade e podendo transportar o dobro de aeronaves que o antigo NAeL Minas Gerais (A-11), o NAe São Paulo (A-12) opera aviões de ataque AF-1 e helicópteros, sendo hoje a capitânia da Armada.
NAe é o acrônimo para Navio Aeródromo.

Operações

Desde a sua incorporação, participou de diversas operações:
  • ARAEX-02 (operação conjunta com a Armada da Argentina),
  • URUEX-02 (operação conjunta com a Armada do Uruguai),
  • TEMPEREX-02,
  • TROPICALEX-02,
  • TROPICALEX-03,
  • ASPIRANTEX-03,
  • CATRAPO II/HELITRAPO II,
  • PASSEX (com o USS Ronald Reagan (CVN-76)), e
  • ESQUADREX-04.

Comandantes

  • CMG Antônio Alberto Marinho Nigro - (15 de novembro de 2000 – 9 de abril de 2002)
  • CMG Antônio Fernando Monteiro Dias - (9 de abril de 2002 – 19 de fevereiro de 2004)
  • CMG Luiz Henrique Caroli - (19 de fevereiro de 2004 - 16 de fevereiro de 2006)
  • CMG Resende - (16 de fevereiro de 2006 - 15 de fevereiro de 2008)
  • CMG Dibo - (15 de fevereiro de 2008 - 11 de fevereiro de 2010)
  • CMG José Renato - (11 de fevereiro de 2010 - 29 de fevereiro de 2012)
  • CMG Sérgio Fernando de Amaral Chaves Junior - (29 de fevereiro de 2012 - 29 de janeiro de 2013 )
  • CMG Alexandre Rabello Farias - (29 de janeiro de 2013 - atualmente)

Grupo Aéreo Embarcado

Avião de ataque Skyhawk no porta-aviões.
O Grupo Aéreo Embarcado do São Paulo pode ser composto por uma combinação diferente de aeronaves de acordo com a missão. Um grupo típico poderia ser formado por 10 a 16 aeronaves de ataque A-4 Skyhawk (AF-1), 4 a 6 SH-3A/B (ASH-3D/H) Sea King anti-submarino e 2 UH-13 Esquilo de emprego geral e/ou 3 UH-14 Super Puma.
Na prática, nas operações realizadas pela Marinha do Brasil, o número é bem mais reduzido por problemas na disponibilidade dos AF-1 e pelo tempo de uso dos Sea King.

Características Gerais

  • Deslocamento (toneladas): 30 884 (padrão), 33 673 (plena carga)
  • Dimensões (metros): 266 x 51,2
  • Convés de Voo (metros): 266
O São Paulo na cidade do Rio de Janeiro em dezembro de 2007.
  • Sistema de propulsão: caldeiras e turbinas a vapor de 126 000
  • Velocidade máxima: 32 nós (55 km/h)
  • Número de catapultas: 2
  • Tripulação: 1030 homens
  • Aeronaves: pode transportar até 40 aeronaves de asa fixa e helicópteros.
  • Observação: A tripulação do navio é de 1 030 homens, mais 670 homens da ala aérea.
O São Paulo é o maior navio de guerra do hemisfério sul, com 265 m de comprimento e 33 mil toneladas de deslocamento à plena carga.

Acidente, Reforma e Retorno

Nae São Paulo durante teste de queimadores.
Em 2005, um acidente ocasionou a morte de três tripulantes. Como causas, foram verificadas diversas deficiências que demandariam um período de manutenção prolongado no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.
Após cinco anos, em julho de 2010, o Nae São Paulo retornou ao setor operativo da esquadra revitalizado e com algumas modernizações. Quilômetros de tubulações de água, vapor e combustível foram substituídos, todo o seu convés foi raspado e recapeado, foram feitas obras estruturais nos conveses internos e externos. As catapultas e os sensores foram revitalizados. A propulsão passou por uma revisão geral, sendo que trabalhos foram realizados para solucionar a vibração em um dos eixos que causou a última docagem do navio. O sistema de ar condicionado foi modernizado e ampliado. Três lançadores Simbad para defesa aérea estão operacionais.
Voltou realizar testes fora da Doca, no final de Julho de 2010, e apesar da fumaça preta que foi vista a sair das suas chaminés, por ainda estar regulando seus queimadores, e procurando a mistura correta de ar/combustível para seus motores, estava muito bem encaminhado para voltar a testes de mar ainda em 2010.
Em 2011, passou por testes, através da Comissão de Inspeção e Assessoria de Adestramento (CIASA), para ser re-incorporado a Marinha do Brasil.

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