História
Marinha do Brasil - MB
MB na Segunda Guerra Mundial
A MB Prepara-se Para a Guerra
(Clique na arte abaixo para ampliação)

Navios mercantes brasileiros que foram afundados durante
a Segunda Guerra Mundial por submarinos alemães.
(Arte Brasil2gm)
INTRODUÇÃO
A SEGUNDA GUERRA E A QUEDA DA EUROPA
O BRASIL ALIA-SE E É ATACADO
A MB PREPARA-SE PARA A GUERRA
FONTES & LINKS
INTRODUÇÃO
O DEFESA BR conta aqui com a colaboração de José Carlos Viana Cinquini, graduado em História pela Universidade Católica de Santos. Ele é professor de História da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Também é pesquisador nos temas Marinha do Brasil, Segunda Guerra Mundial e Defesa Nacional.
Ele nos relata os fatos que levaram o Brasil a participar da Segunda Guerra Mundial junto aos aliados, e mostra ponto a ponto como a Marinha do Brasil se preparou para contribuir para a vitória contra o nazismo.
A SEGUNDA GUERRA E A QUEDA DA EUROPA
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha, se viu forçada a aceitar os termos da rendição do Tratado de Versalhes para as forças vencedoras, e com isso, recebeu várias restrições para a reformulação de suas forças armadas.
O país passava por sérias dificuldades, o que, em parte, facilitou o surgimento de ideologias de extrema direita onde o valor da pátria e do coletivo se sobrepunham às liberdades do indivíduo; era o caso do Nazi-fascismo alemão. O Nazismo, criado pela modernidade, vivia a contradição de negar a modernidade em nome da própria modernidade.
Em 1929, com a crise da Bolsa de Nova York, o mundo capitalista começou a passar sérias dificuldades, o capitalismo não conseguia mais atender às necessidades da população, as nações, antes ricas, começaram a ter escassez de trabalho e os produtos não eram mais vendidos.
Na Alemanha, isso não era diferente, apenas agravou ainda mais a situação política e econômica em que se encontravam. O Partido Nacional-Socialista, ou Nazista, recebeu apoio de empresas capitalistas, pois prometeu que lutaria para o fim do Tratado de Versalhes e contra o Bolchevismo, além de prometer trabalho aos desempregados e levar a Alemanha à potência que ela fora antes da Primeira Guerra Mundial.
O Partido Nazista buscava o apoio de todos os descontentes, que era a maioria da população da Alemanha naquele momento, conseguindo assim chegar ao poder e instaurar uma ditadura, onde o poder estava concentrado na figura de Hitler – o Fuhrer, e dava início a um novo período na história alemã, era o início do Terceiro Reich.

Bandeira do nazismo, com a famosa suástica em destaque ao centro.

Blitzkrieg sobre a França em 1940.
Em 10 de maio de 1940, o exército alemão invadiu a França,
cercando as forças expedicionárias britânicas. Os alemães
evitaram a linha Maginot, e entraram rapidamente pela Bélgica,
através das insuspeitas e densas florestas das Ardenas.
Somente a Suíça conseguiria manter a sua posição de neutralidade. A Inglaterra agora era o único Estado livre, era uma ilha de democracia na Europa, literalmente falando.
Hitler sabia que a Inglaterra não possuía em suas terras insulares muitas reservas de matérias-primas necessárias para manter a indústria e o bem-estar da população. Como uma potência imperialista, as matérias-primas provinham de suas colônias e sem o acesso a elas a Inglaterra sucumbiria rapidamente ao poderio militar alemão.
Para a Alemanha, colocar em pratica a sua estratégia de guerra contra a Inglaterra seria necessário isolar a Inglaterra pelo único meio em que ela recebia as matérias-primas. A Alemanha teria que levar a guerra ao mar e assim destruir os navios mercantes que supriam a Inglaterra.

O BRASIL ALIA-SE E É ATACADO
Em
dezembro de 1938, foi realizada no
Peru, a 8ª Conferência
Interamericana, que aprovou a “Declaração de Lima”, onde
ficou acertado entre os países americanos que haveria
reuniões periódicas entre seus Ministros de
Relações Exteriores.
A primeira Reunião de Consultas ocorreu em 1939, no Panamá e aprovou a Resolução IV, que estabeleceu normas visando à neutralidade dos países. Ainda, nessa reunião, foi aprovada a Resolução XV, que estabelecia uma zona de segurança, para a proteção do território das repúblicas americanas.
O Brasil, que cada vez mais se aproximava de uma aliança com o governo dos Estados Unidos, já havia acordado a construção da Companhia Siderúrgica Nacional na cidade de Volta Redonda, no interior do Estado do Rio de Janeiro.
O governo dos Estados Unidos, temendo cada vez mais a aproximação da guerra, aprovou, em 16 de janeiro de 1941, a Lei Pitman, que autorizava o empréstimo de armamentos para as nações americanas.
Foi criado, em 24 de julho de 1941, a Comissão Militar Brasil-Estados Unidos para atender às necessidades de equipamentos militares, ficou acertado que os Estados Unidos cederiam ao Brasil US$ 200 milhões em materiais.
O acordo também consistia em medidas de defesa mútua: o Brasil cederia os portos brasileiros para armazenar óleo combustível para suprir as embarcações dos Estados Unidos.
O Itamaraty não se opôs porque os Estados Unidos eram uma nação neutra e não beligerante. Ainda em 11 de março de 1941, havia sido assinado pelos Estados Unidos a Lei de Arrendamentos, que proveria de armamentos as democracias.
Em 7 de dezembro de 1941, as forças navais japonesas, com o uso da sua aviação embarcada, atacaram a base norte-americana em Pearl Harbor, no Havaí. O governo dos Estados Unidos declara, imediatamente, guerra contra o Japão e após alguns dias aos países do Eixo: Alemanha e Itália.
A primeira Reunião de Consultas ocorreu em 1939, no Panamá e aprovou a Resolução IV, que estabeleceu normas visando à neutralidade dos países. Ainda, nessa reunião, foi aprovada a Resolução XV, que estabelecia uma zona de segurança, para a proteção do território das repúblicas americanas.
O Brasil, que cada vez mais se aproximava de uma aliança com o governo dos Estados Unidos, já havia acordado a construção da Companhia Siderúrgica Nacional na cidade de Volta Redonda, no interior do Estado do Rio de Janeiro.
O governo dos Estados Unidos, temendo cada vez mais a aproximação da guerra, aprovou, em 16 de janeiro de 1941, a Lei Pitman, que autorizava o empréstimo de armamentos para as nações americanas.
Foi criado, em 24 de julho de 1941, a Comissão Militar Brasil-Estados Unidos para atender às necessidades de equipamentos militares, ficou acertado que os Estados Unidos cederiam ao Brasil US$ 200 milhões em materiais.
O acordo também consistia em medidas de defesa mútua: o Brasil cederia os portos brasileiros para armazenar óleo combustível para suprir as embarcações dos Estados Unidos.
O Itamaraty não se opôs porque os Estados Unidos eram uma nação neutra e não beligerante. Ainda em 11 de março de 1941, havia sido assinado pelos Estados Unidos a Lei de Arrendamentos, que proveria de armamentos as democracias.
Em 7 de dezembro de 1941, as forças navais japonesas, com o uso da sua aviação embarcada, atacaram a base norte-americana em Pearl Harbor, no Havaí. O governo dos Estados Unidos declara, imediatamente, guerra contra o Japão e após alguns dias aos países do Eixo: Alemanha e Itália.

Bandeira Imperial Japonesa.
O Brasil solidariza-se aos
Estado Unidos, estabelecendo
cooperação militar da nossa armada com as forças
norte-americanas, tornando efetivo o plano de defesa do Continente.
Em 15 de janeiro de 1942, foi realizado a Terceira Reunião de Consultas dos Ministros das relações Exteriores do Continente, na cidade do Rio de Janeiro, então Capital Federal, no qual o Brasil recomenda o rompimento das relações diplomáticas com os países do Eixo.
Em 1º de julho de 1941, um submarino alemão parou a tiros de canhão o navio mercante Siqueira Campos, que estava próximo do arquipélago de Cabo Verde, para que fosse revistado por tropas alemãs.
Em 15 de janeiro de 1942, foi realizado a Terceira Reunião de Consultas dos Ministros das relações Exteriores do Continente, na cidade do Rio de Janeiro, então Capital Federal, no qual o Brasil recomenda o rompimento das relações diplomáticas com os países do Eixo.
Em 1º de julho de 1941, um submarino alemão parou a tiros de canhão o navio mercante Siqueira Campos, que estava próximo do arquipélago de Cabo Verde, para que fosse revistado por tropas alemãs.
Até
agora, só havia ocorrido incidentes, com a
única gravidade de termos perdido um tripulante quando do ataque
do avião alemão, mas agora, nossos navios eram alvos das
forças navais do Eixo.
Em 16 de fevereiro de 1942, foi torpedeado o navio mercante brasileiro Buarque, seguido pelo Olinda, Cabedelo, Arabutã, Cairu, Comandante Lira, esse encontrava-se próximo à costa brasileira, Gonçalves Dias, Alegrete, Pedrinhas, Tamandaré, Barbacena, e Piave, todos por ação de submarinos.
Mas os pior ainda estava por vir, entre os dias 15 e 19 de agosto de 1942, cinco navios de cabotagem e um iate, que se encontravam nas proximidades da foz do Rio Real, em Sergipe, foram afundados.
Os navios eram o Baependi, Araraquara, Aníbal Benévolo, Itagiba e Arará, e o iate Jacira. Essa ação do submarino alemão totalizou na morte de 607 passageiros, entre eles soldados que estavam sendo deslocados para o Nordeste.
Em 16 de fevereiro de 1942, foi torpedeado o navio mercante brasileiro Buarque, seguido pelo Olinda, Cabedelo, Arabutã, Cairu, Comandante Lira, esse encontrava-se próximo à costa brasileira, Gonçalves Dias, Alegrete, Pedrinhas, Tamandaré, Barbacena, e Piave, todos por ação de submarinos.
Mas os pior ainda estava por vir, entre os dias 15 e 19 de agosto de 1942, cinco navios de cabotagem e um iate, que se encontravam nas proximidades da foz do Rio Real, em Sergipe, foram afundados.
Os navios eram o Baependi, Araraquara, Aníbal Benévolo, Itagiba e Arará, e o iate Jacira. Essa ação do submarino alemão totalizou na morte de 607 passageiros, entre eles soldados que estavam sendo deslocados para o Nordeste.

Navio mercante de cabotagem Baependi, afundado por um
submarino alemão em agosto de 1942, na costa de Sergipe.
Isso
acarretou grande
manifestação popular de
repúdio às ações do Eixo no nosso litoral,
levando o governo brasileiro a declarar Estado de Beligerância em
22 agosto e de declarar Estado de Guerra com a Alemanha, Itália
e Japão a 31 de agosto de 1942.
A MB PREPARA-SE PARA A GUERRA
Os
meios navais brasileiros não
estavam preparadas para reagir
à ameaça que o submarino moderno era capaz de fazer
frente aos meios navais de superfície.
Na Primeira Guerra Mundial, o submarino foi exaustivamente usado no início da guerra, mas, as suas ações eram limitadas por causa do seu curto deslocamento, agora os engenheiros tinham desenvolvido novas técnicas que faziam do submarino uma arma das mais capazes, tornando possível agora, atravessar o Oceano Atlântico para atacar os seus alvos.
A Marinha do Brasil sabia disso, nós tínhamos adquirido, em 1937, submarinos italianos, que muito ajudavam na defesa dos nossos portos e no adestramento das tripulações dos navios anti-submarinos que iríamos adquirir.
A nossa esquadra era composta por navios que datavam da Primeira Guerra Mundial. Apesar de alguns estarem próximos das qualidades técnicas exigidas para um combate entre encouraçados, contra submarinos nada podiam fazer.
Para isso, seria necessário reequipar as nossas forças com materiais mais modernos no combate a submarinos. Os Estados Unidos, por causa dos ataques sofridos na Costa Leste, estavam empregando exaustivamente meios de combate a submarino e poderiam fornecer algumas pequenas unidades para a nossa defesa.
Em 23 de junho de 1942, o presidente Vargas e o almirante Ingram tiveram uma reunião, onde se discutiu o fornecimento de navios para a defesa do litoral brasileiro; nessa reunião foi acordado o fornecimento de navios Caça-Submarinos e o envio de tripulações a Miami, a fim de receberem treinamento.
Os primeiros navios recebidos foram os Caça-Submarino da Classe G, chamados de Patrol Crafts (PC), sendo eles: G1-Guaporé (PC-544) e G2-Gurupi (PC-547), sendo entregues em Natal, em 24 de setembro de 1942.

Caça-Submarino G1-Guaporé da Classe G.
(Foto arquivo J. Cinquini)
Entre 7 de dezembro de 1942 a
26 de abril de 1943, em Miami, a Marinha
do Brasil recebeu os Caça-Submarino
da Classe J, chamados de Sub-Chasers
(SC),
sendo eles:
J1-Javari (SC-763), J2-Jutaí (SC-764),
J3-Juruá (SC-764), J4-Juruena (SC-766), J5-Jaraguão
(SC-765), J6-Jaguaribe, (SC-767), J7-Jacuí (SC-1288) e o
J8-Jundiaí, (SC-1289).
Na Primeira Guerra Mundial, o submarino foi exaustivamente usado no início da guerra, mas, as suas ações eram limitadas por causa do seu curto deslocamento, agora os engenheiros tinham desenvolvido novas técnicas que faziam do submarino uma arma das mais capazes, tornando possível agora, atravessar o Oceano Atlântico para atacar os seus alvos.
A Marinha do Brasil sabia disso, nós tínhamos adquirido, em 1937, submarinos italianos, que muito ajudavam na defesa dos nossos portos e no adestramento das tripulações dos navios anti-submarinos que iríamos adquirir.
A nossa esquadra era composta por navios que datavam da Primeira Guerra Mundial. Apesar de alguns estarem próximos das qualidades técnicas exigidas para um combate entre encouraçados, contra submarinos nada podiam fazer.
Para isso, seria necessário reequipar as nossas forças com materiais mais modernos no combate a submarinos. Os Estados Unidos, por causa dos ataques sofridos na Costa Leste, estavam empregando exaustivamente meios de combate a submarino e poderiam fornecer algumas pequenas unidades para a nossa defesa.
Em 23 de junho de 1942, o presidente Vargas e o almirante Ingram tiveram uma reunião, onde se discutiu o fornecimento de navios para a defesa do litoral brasileiro; nessa reunião foi acordado o fornecimento de navios Caça-Submarinos e o envio de tripulações a Miami, a fim de receberem treinamento.
Os primeiros navios recebidos foram os Caça-Submarino da Classe G, chamados de Patrol Crafts (PC), sendo eles: G1-Guaporé (PC-544) e G2-Gurupi (PC-547), sendo entregues em Natal, em 24 de setembro de 1942.

Caça-Submarino G1-Guaporé da Classe G.
(Foto arquivo J. Cinquini)
(Clique na foto abaixo para ampliação)
Os Classe J
vieram escoltando comboios e em estado de guerra. O
primeiro grupo era formado pelo Javari, Jutaí e Juruá e
eram comandados pelo Capitão-Tenente José Luís de
Araújo Goiano.
O segundo grupo era formado pelo Jaraguão e Jaguaribe, comandados pelo Capitão-Tenente João Faria de Lima. Por último, veio o grupo formado pelo Juruena, Jacuí e Jundiaí, comandados pelo Capitão-Tenente Arthur Oscar Saldanha da Gama.
Apesar do recebimento dos dois Classe G e dos oito Classe J, o Brasil solicitou junto ao governo dos Estados Unidos, e com o parecer favorável do almirante Ingram, a necessidade de mais meios navais o que a princípio foi negado e posteriormente aprovado pelo almirante Spears, chefe da Pan-American Division.
A princípio foi aprovado o envio de mais seis Classe G, mas acabamos recebendo mais oito, chegando a um total de dez Classe G com os dois que já tínhamos recebido no início.
Os oito Classe G recebidos foram, o G3-Guaíba (PC-604), G4-Gurupá (PC-605), G5-Guajará (PC-607), G6-Goiana (PC-554), G7-Grajaú (PC-1236) e o G8-Graúna (PC-561).
(Clique na foto abaixo para ampliação)
Era intenção do
almirante Ingram, passar à Marinha
do Brasil várias atribuições na escolta e
caça-submarino no Atlântico Sul e para isso foram
transferidos à Marinha do Brasil, entre 1º de Agosto de
1944 e 20 de Maio de 1945, no porto de Natal, oito Contratorpedeiros-de-Escolta
(CTE), chamados nos Estados Unidos de Destroy
Scolt (DS), sendo somente substituídas as sua bandeiras e
tripulações.
Foram eles: B1-Bertioga (DE-175 Pennville), B2-Beberibe (DE-178 Herzog), B3-Bracuí (DE-177 Reybolt), B4-Bauru (DE-179 Mac Ann), B5-Baependi (DE-99 Cannon), B6-Benevente (DE-100 Christofer), B7-Babitonga (DE-101 Algier) e B8-Bocaina (DE-174 Marte). Este último foi recebido já quando já havia terminado a Guerra na Europa.
(Clique na foto abaixo para ampliação)
O segundo grupo era formado pelo Jaraguão e Jaguaribe, comandados pelo Capitão-Tenente João Faria de Lima. Por último, veio o grupo formado pelo Juruena, Jacuí e Jundiaí, comandados pelo Capitão-Tenente Arthur Oscar Saldanha da Gama.
Apesar do recebimento dos dois Classe G e dos oito Classe J, o Brasil solicitou junto ao governo dos Estados Unidos, e com o parecer favorável do almirante Ingram, a necessidade de mais meios navais o que a princípio foi negado e posteriormente aprovado pelo almirante Spears, chefe da Pan-American Division.
A princípio foi aprovado o envio de mais seis Classe G, mas acabamos recebendo mais oito, chegando a um total de dez Classe G com os dois que já tínhamos recebido no início.
Os oito Classe G recebidos foram, o G3-Guaíba (PC-604), G4-Gurupá (PC-605), G5-Guajará (PC-607), G6-Goiana (PC-554), G7-Grajaú (PC-1236) e o G8-Graúna (PC-561).
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Foram eles: B1-Bertioga (DE-175 Pennville), B2-Beberibe (DE-178 Herzog), B3-Bracuí (DE-177 Reybolt), B4-Bauru (DE-179 Mac Ann), B5-Baependi (DE-99 Cannon), B6-Benevente (DE-100 Christofer), B7-Babitonga (DE-101 Algier) e B8-Bocaina (DE-174 Marte). Este último foi recebido já quando já havia terminado a Guerra na Europa.
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O Contratorpedeiro-de-Escolta CTE B1-Bertioga.
(Foto arquivo J. Cinquini)
(Clique na foto abaixo para ampliação)
O Contratorpedeiro-de-Escolta CTE B2-Beberibe após a 2GM.
(Foto MB em NGB)
Entretanto,
a Marinha do
Brasil, dentro das suas possibilidades, no
Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro, construiu três Contratorpedeiros
da Classe
M.
Eram eles o Contratorpedeiro Marcílio Dias, recebido em 29 de novembro de 1943, Contratorpedeiro Mariz e Barros, recebido em 29 de novembro de 1943, e o Contratorpedeiro Greenhalgh, recebido em 29 de novembro de 1943.

O Contratorpedeiro Greenhalgh.
(Foto arquivo J. Cinquini)
Em 1941, uma empresa inglesa
tinha contratado a
construção de seis traineiras de pesca,
nos estaleiros da
Construção Laje, no Rio de Janeiro, mas vista a
necessidade de empregos navais na guerra, acabaram sendo cedidas pelo
governo inglês ao Brasil.
Elas foram chamadas de Corvetas pela Marinha do Brasil, sendo: Vidal de Negreiros, Matias de Albuquerque, Felipe Camarão, Henrique Dias, Fernandes Vieira e Barreto de Menezes.
Os navios da Classe
J foram construídos durante a guerra e
visavam o baixo custo e equipamentos específicos para o combate
a submarino, deixando eles com uma pequena capacidade de combate contra
meios de superfície, como navios, sendo muito difícil de
combater nessas condições.
Uma característica marcante dessa Classe J era o fato deles possuírem casco de madeira, o que acabou corroborando para o apelido carinhoso dados pelos marinheiros brasileiros, os Caça-Paus.
Sua capacidade de emprego em combates contra submarinos era muito boa, eles eram equipados com sonar, um canhão de 76 mm / 23 mm, duas metralhadoras 20 mm Oerlikon, duas calhas para lançamento de cargas de profundidade de 300 libras e dois lançadores de morteiros do tipo K.

A tripulação da Classe J
consistia em 28 homens. Devido ao seu pequeno
tamanho, a tripulação não tinha muito conforto e
muitas vezes as vestes eram reduzidas a calções e
sandálias - um fator interessante é que devido ao tempo
em alto mar ser grande e a tripulação ser pequena, a
integração entre oficiais e praças era constante,
apesar da hierarquia.
Os navios Classe G foram desenvolvidos para substituir em operação os Classe J. Eram maiores que seu antecessor e tinham casco de ferro, recebendo o apelido de Caça-Ferro.
Eram eles o Contratorpedeiro Marcílio Dias, recebido em 29 de novembro de 1943, Contratorpedeiro Mariz e Barros, recebido em 29 de novembro de 1943, e o Contratorpedeiro Greenhalgh, recebido em 29 de novembro de 1943.

O Contratorpedeiro Greenhalgh.
(Foto arquivo J. Cinquini)
Elas foram chamadas de Corvetas pela Marinha do Brasil, sendo: Vidal de Negreiros, Matias de Albuquerque, Felipe Camarão, Henrique Dias, Fernandes Vieira e Barreto de Menezes.
Uma característica marcante dessa Classe J era o fato deles possuírem casco de madeira, o que acabou corroborando para o apelido carinhoso dados pelos marinheiros brasileiros, os Caça-Paus.
Sua capacidade de emprego em combates contra submarinos era muito boa, eles eram equipados com sonar, um canhão de 76 mm / 23 mm, duas metralhadoras 20 mm Oerlikon, duas calhas para lançamento de cargas de profundidade de 300 libras e dois lançadores de morteiros do tipo K.

Propaganda de guerra contra os
submarinos alemães.
(Foto arquivo J. Cinquini)
(Foto arquivo J. Cinquini)
Os navios Classe G foram desenvolvidos para substituir em operação os Classe J. Eram maiores que seu antecessor e tinham casco de ferro, recebendo o apelido de Caça-Ferro.
(Clique na foto abaixo para ampliação)
Caça-Submarino
G3-Guaíba
da Classe G, um Caça-Ferro.
(Foto arquivo J. Cinquini)
(Foto arquivo J. Cinquini)
Os Classe G,
estavam mais bem preparados para combate, apesar de serem
projetados e construídos durante a guerra para suprir a
necessidade de meios navais.
Eram equipados com sonar, radar, canhão 76 mm / 50, um lança foguetes (mousetrap), duas metralhadoras de 20 mm Oerlikon, um canhão automático singelo 40 mm Bofors, dois morteiros do tipo K e duas calhas para lançamento de bombas de profundidade de 300 libras. A sua tripulação era de 60 homens e as acomodações eram melhores, o que não deixava de exigir muito dos homens em viagens de alto mar.
Além das novas aquisições, a Marinha do Brasil atualizou os meios existentes para a guerra moderna, tendo os Cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul instalados sonar e duas calhas para lançamento de bombas de profundidade da 300 libras.
Eram equipados com sonar, radar, canhão 76 mm / 50, um lança foguetes (mousetrap), duas metralhadoras de 20 mm Oerlikon, um canhão automático singelo 40 mm Bofors, dois morteiros do tipo K e duas calhas para lançamento de bombas de profundidade de 300 libras. A sua tripulação era de 60 homens e as acomodações eram melhores, o que não deixava de exigir muito dos homens em viagens de alto mar.
Além das novas aquisições, a Marinha do Brasil atualizou os meios existentes para a guerra moderna, tendo os Cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul instalados sonar e duas calhas para lançamento de bombas de profundidade da 300 libras.

O Cruzador Bahia fotografado por dirigível em 1º de julho
de 1945, 3 dias antes de explodir, acidentalmente, tendo
morrido seu comandante, o capitão de fragata
Garcia D'ávila, e mais 339 tripulantes.
(Foto US Navy em NGB)
Os Navios-Mineiros
Varredores da Classe Carioca receberam a
denominação de Corvetas,
foram retirados as calhas
lançadoras de minas e instalados calhas lançadoras de
bombas de profundidade de 300 libras e dois morteiros do tipo K.
Os Navios-Hidrográficos Rio Branco e Jaceguai receberam calhas para lançamento de bombas de profundidade, dois lançadores de morteiros do tipo K e duas metralhadoras 20 mm Oerlikon, transformados assim em Corvetas. No Navio Tanque Marajó, foi instalado um canhão de 120 mm na popa e uma metralhadora de 20 mm Oerlikon. No Tênder Belmonte foram reinstalados dois canhões de 120 mm.
Nos Contratorpedeiros da Classe Pará foram instalados duas calhas para lançamento de bomba de profundidade de 300 libras. Os rebocadores e demais navios auxiliares foram armados com uma ou duas metralhadoras de 20 mm Oerlikon.
Em Santos, o Rebocador São Paulo e o Iate São Paulo, ambos com o mesmo nome, foram artilhados com metralhadoras de 20 mm Oerlikon.

Quando do término da
Segunda Guerra Mundial, em 1945, a Marinha
do Brasil já não era mais aquela de 1942. Apesar da pouca
mudança, os anos de guerra e o seu engajamento na batalha junto
aos Aliados foram decisivos para o aprendizado e
aperfeiçoamento. Isso transformou a nossa Marinha em uma
verdadeira
especialista no combate e principalmente na luta anti-submarino.
Os Navios-Hidrográficos Rio Branco e Jaceguai receberam calhas para lançamento de bombas de profundidade, dois lançadores de morteiros do tipo K e duas metralhadoras 20 mm Oerlikon, transformados assim em Corvetas. No Navio Tanque Marajó, foi instalado um canhão de 120 mm na popa e uma metralhadora de 20 mm Oerlikon. No Tênder Belmonte foram reinstalados dois canhões de 120 mm.
Nos Contratorpedeiros da Classe Pará foram instalados duas calhas para lançamento de bomba de profundidade de 300 libras. Os rebocadores e demais navios auxiliares foram armados com uma ou duas metralhadoras de 20 mm Oerlikon.
Em Santos, o Rebocador São Paulo e o Iate São Paulo, ambos com o mesmo nome, foram artilhados com metralhadoras de 20 mm Oerlikon.

Grande foto do Rebocador
São
Paulo.
(Foto arquivo J. Cinquini)
(Foto arquivo J. Cinquini)
Sentando A Pua - Relação dos Navios Torpedeados
Agosto de 1942 - Quem foram os autores dos torpedeamentos
Educação UOL - Terror no Atlântico
Blog do Vinna - Navios Brasileiros Afundados
VÍDEOS
Videos do You Tube
Fonte: http://www.defesabr.com/Historia/historia_mb_2gm.htm
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